Corrupção e incompetência podem afundar os sonhos do Brasil de se tornar uma potência mundial exportadora de petróleo, segundo a rede americana CNN. Conforme a reportagem, as multas aplicadas às petroleiras Chevron e Transocean são uma indicação de problema, já que a Petrobras não tem condições de controlar toda a operação de petróleo brasileira sozinha. Se as empresas estrangeiras continuarem recebendo multas extremamente altas, elas podem repensar o interesse em continuar no País.
O Ministério Público brasileiro multou a Chevron e sua parceira Transocean em US$ 11 bilhões por acidentalmente liberar cerca de 3 mil barris de petroleo na costa do País. Embora a multa não deva permanecer nesse valor, ela tem levantado questões sobre a segurança e a viabilidade dos negócios do petroleo no Brasil, diz a CNN. Conforme a rede americana, o Brasil precisa dos equipamentos, da tecnologia e da expertise de companhias petrolíferas estrangeiras para que a indústria nacional no setor cresça. Cerca de US$ 600 bilhões serão necessários ao longo dos anos para conseguir escoar a produção dos campos recém descobertos no País.
O Brasil também precisa dessas empresas apenas para manter a produção atual. Por exemplo, a Transocean opera sozinha 10 das 60 plataformas de petróleo offshore no Brasil.
Dessa forma, o País deve evitar criar grandes problemas à presença dessas empresas no País, conforme a CNN. Para a rede, o impacto ambiental causado pelas empresas é menor do que aquele provocado pela Petrobras, mas elas estão sendo mais penalizadas e podem desistir de negócios no Brasil, mas a Petrobras continua dependente dessas gigantes estrangeiras para escoar a produção nacional.
Segundo a rede americana de notícias, engenheiros estrangeiros que trabalharam no Brasil reclamam da incompetência dos seus colegas brasileiros e, em 2010, a Petrobras anunciou 57 vazamentos de óleo, que combinados lançaram 4.201 barris no oceano, quantidade superior à liberação feita pela Chevron em novembro , mas a empresa brasileira recebeu multas muito menores.
Fonte: Blog Campos Marginais (http://www.camposmarginais.blogspot.com/)
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