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terça-feira, 31 de maio de 2011

A Atividade de Um Operador de Estações de Produção de Petróleo e Gás Natural. PARTE 1


Ao invés de descrever o que vocês acham fácil no Google, vou narrar um dia do operador na empresa em que trabalho que possui algumas estações deste tipo abaixo.

Local: Foz do Rio São Francisco - Município de Brejo Grande - Sergipe.

Chegada: Após uma viagem de, aproximadamente, 01h40min, de carro de Aracaju até o portinho, onde pegamos o barco (na verdade uma canoa motorizada) e, neste, uma viagem de 30 minutos serpenteando um afluente do São Francisco, chegamos a ilha. 

Antes de chegarmos ao portinho, a 40 mt, aproximadamente, existe a estação de recebimento e carregamento de carretas com óleo e gas. Tudo que é descrito abaixo foi feito neste local antes de partimos para a ilha.

Assunção do Serviço: Falamos com os operadores que estão saindo para verificar e tomamos um bom café da manhã:

- O livro de registro de Ocorrências (o livrão).
  • ·         Se houver alguma(s) vamos analisar se já foi corrigida, se podemos corrigir ou se devemos chamar a engenharia de manutenção.
  • ·         Quantos barris de óleo foram produzidos e quantos m³ de gas natural.

- Deve-se, antes de assumir o serviço pela assinatura no livro de ocorrências, dar uma volta na estação com os operadores que vão entrar de folga, pois, oficialmente, eles ainda são os responsáveis pela estação.

- Verificamos, neste passeio, os estados aparentes dos equipamentos e instrumentos.

- Como estamos numa ilha, deve-se observar a quantidade de alimentos e a qualidade destes.

- Checamos a comunicação com o escritório em Aracaju.

- Verificamos os computadores (as telas) que nos mostram o andamento do processo.

- Enfim, assumimos o serviço!

O serviço:

- Verificamos nos instrumentos e válvulas na cabeça do poço a(s) vazão(ões) e pressão(ões) e checamos com o que nos informa a tela.

- Checamos a existência de vazamentos nas tubulações e válvulas que ligam o poço ao vaso separador. Verificamos, também, a integridade dos suportes destas tubulações.

- Checamos ao vaso separador a procura de inicio de corrosão, vazamentos pelos flanges, apertos dos parafusos-estojos e sinais de vazamento que poderiam ser “camuflados” pelos operadores anteriores.
- Verificamos o nível de óleo no vaso separador e comparamos com a tela do computador da sala de controle.

- Checamos a tubulação e válvulas entre o vaso separador e os tanques. Vazamentos, válvulas dando passagem, etc.

- Checamos, agora, os tanques do parque de tancagem. Vazamentos, válvulas dando passagem, etc.

- Medimos o volume dos tanques, comparamos com o que foi anotado pela equipe anterior no “livrão” e comparamos com a tela do computador da sala de controle.

- Verificamos os equipamentos periféricos, tais como, flare, trechos-retos de medição de gás, lançadores de pig.

- Verificamos os quadros elétricos e o de instrumentos.

- Percorremos o caminho dos dutos de escoamento da produção, no nosso caso, para o continente, e checamos a ocorrência de vazamentos e sinais de afloramento das tubulações.

- Retornamos a sala de operações, sentamos em frente a tela e monitoramos toda a operação.

É recomendado fazer uma ronda de hora em hora para uma re-checagem rápida de toda a estação.

Algumas fotos:

 Portinho
 Viagem

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